
CRUZEIRO NAS CARAÍBAS DO SUL
Uma mistura de Natureza, praia, descanso e muita comida
PERCURSO
Viagem realizada em Março de 2017.
Dia 1 - Lisboa - Londres
Dia 2 - Londres - Porto Rico
Dia 3 - Porto Rico
Dia 4 - Porto Rico
Dia 5 - Porto Rico
Dia 6 - Porto Rico (início do cruzeiro)
Dia 7 - St. Thomas
Dia 8 - Navegação
Dia 9 - Barbados
Dia 10 - St. Lucia
Dia 11 - St. Kitts
Dia 12 - St. Maarten
Dia 13 - Porto Rico - Oslo
Dia 14 - Oslo - Lisboa
Moedas Locais:
Londres - Libra esterlina
Porto Rico - Dólar Americano
St. Thomas - Dólar Americano
Barbados - Dólar Barbadensee
St. Lucia - Dólar do Caribe Oriental
St. Kitts - Dólar do Caribe Oriental
St. Maarten - Florim das Antilhas Neerlandesas
Oslo - Coroa Norueguesa
(usámos o dólar americano para pagamento em terras americanas e o euro em Londres e em Oslo)
Diferença horária:
Londres - igual a Portugal
Porto Rico e ilhas das caraíbas - (-)4 horas
Oslo - +1 hora
A tratar antes da viagem:
Seguro de viagem (fizémos com a agência de viagens juntamente com a marcação do cruzeiro)
Dia 1
A nossa viagem começou às 19h45 da tarde com um voo da Easyjet para Londres. Ali pernoitámos mais ou menos mal dormidos à espera do voo para Porto Rico.
Dia 2
Às 09h45 já estávamos no voo da Norwegian com a duração de 9h15 em direção a San Juan. Voo muito calmo, com tecnologia moderna que facilita a dormida, e sem percalços.
Assim que chegámos atrasámos o relógio 4 horas. Fizemos uso da Uber e lá fomos nós, em direção ao apartamento, que se localizava na zona assinalada como zona perigosa em caso de tsunami. Nada a temer.
No resto do dia ficámos a passear pela zona, Isla Verde, a fazer algumas compras para o pequeno-almoço e a visitar a praia com um imenso areal.
DICA: Tratámos antecipadamente do visto online, que pode ser usado durante um período de 2 anos.
Sugestão de alojamento: Queríamos poupar algum dinheiro nesta estadia, e como tal, optámos pelo Studio Isla Verde. Não recomendamos o local por ser pouco higiénico e de difícil comunicação com o proprietário para recolher e deixar as chaves, ou tratar de qualquer outra questão.
Dia 3
Começámos o dia com uma tour de meio dia à floresta El Yunque através da Castillo Tours. O tempo não estava muito bom e apanhámos chuva mas a imensidão de verde até ao mar não deixou de encantar.
Depois de volta à Isla Verde, almoçámos e apanhámos autocarro até à cidade velha de San Juan. As ruas coloridas e o ambiente latino conquistaram-nos.
DICA: Tínhamos ideia de fazer a visita à baía bioluminescente de kayak mas infelizmente não estávamos na fase certa da lua. Por haver muita claridade, seria praticamente impossível ver a bioluminescencia. Não se esqueçam de verificar as fases da lua na vossa viagem para ver se vale a pena incluir esta tour.












Dia 4
E este foi o dia de uma grande aventura automóvel. Alugámos um carro com mudanças automáticas numa agência local, a Charlie car rental. Ficou carote, para além do depósito de 250 dólares. Mas correu tudo bem com o nosso Mitsubishi Mirage, tanto na entrega como na condução. Foi a primeira vez para nós num carro com mudanças automáticas. Não fazíamos a mínima ideia do que se devia fazer. Resultou em bastantes solavancos e travagens repentinas nos primeiros quilómetros. Os restantes quilómetros fizemos com o coração nas mãos. E foram muitos quilómetros.
A ideia era tentar visitar algumas partes da ilha. Seguindo cerca de 1h pela marginal do lado atlântico, o primeiro local visitado foi a Cueva del Indio (5 dólares a entrada), famosa pelos seus petroglifos. Seguiu-se um almoço a caminho das grutas do rio camuy (18 dolares por pessoa + 4 dólares para o parque do carro). A viagem foi de cerca de 40min. Incrível: não só dentro da gruta onde se vê a água a entrar pela abertura superior e a formar uma cascata, mas também pelas estalactites e estalagmites e todo o percurso descendente. Verde a toda a nossa volta.
Faltava ainda atravessar a ilha até ao lado do mar das caraíbas. E o caminho levou-nos por 1h30 através de lindas paisagens com florestas até chegar a uma zona mais árida, do lado sul da ilha. Chegámos à praia de Ponce. A visita foi rápida e o tempo não estava convidativo a mergulhos. Numa viagem de cerca de 2h retornámos à parte norte de Porto Rico, a Isla Verde.
DICA: Outros locais que poderão adicionar ao vosso roteiro são o Observatório de Arecibo e a Cueva Ventana que tivemos de excluir por falta de tempo.
Sugestão de restaurante em Isla Verde: Platos Restaurante e Chilli's
Sugestão de iguarias típicas: mofongo e pina colada












Dia 5
E chega o dia de fazer finalmente praia. Queríamos ter ido a Culebra e conhecer a tão falada praia Flamenco mas a previsão meteorológica não o permitiu. A ilha escolhida foi Icacos, que também não decepciona. A East Island Excursions recolheu-nos perto do apartamento e levou-nos até o porto de Fajardo para darmos início ao passeio de barco até à ilha. Almoçámos a bordo e fizemos paragens para usufruir da praia deserta (pelo menos de pessoas, lagartos havia muitos), refrescar com umas bebidas (incluídas) e fazer snorkeling.
DICA: levem adaptador de tomadas.










Dia 6
Começámos este dia com uma caminhada na praia de Isla Verde, fizemos o check-out no apartamento e rumámos a San Juan para almoçar. Apercebemo-nos mais tarde que foi um erro uma vez que podíamos ter entrado à hora de almoço no barco e usufruir das refeições no cruzeiro.
A marcação do cruzeiro foi feita numa agência de viagens, o que aconselho. Primeiramente pesquisámos na internet e os preços na agência são exatamente iguais. As empresas de cruzeiros não costumam vender diretamente ao cliente as viagens, daí termos recorrido à agência por haver alguns pontos positivos. Por exemplo, ajudam-nos e aconselham-nos sobre o melhor quarto a escolher de acordo com a posição dos elevadores e salas de entretenimento, e têm contacto direto e imediato com a companhia se for necessário resolver qualquer situação. Ainda tivemos direito a 100 dólares para gastar no cruzeiro da maneira que melhor entendêssemos. Aproveitámos e fizemos o seguro de viagem, que ficou baratíssimo (13 euros cada um).
A razão porque nos decidimos a fazer as férias nas caraíbas, foi precisamente porque queríamos fazer um Cruzeiro. Gostamos de perder tempo a visitar cidades e como tal, o cruzeiro não se encaixa nesses casos. Ou seja, um cruzeiro pelo mediterrâneo estava fora de questão porque geralmente inclui cidades com muito para ver. No entanto, queríamos calor. Sobrava alguma coisa tipo ilhas Gregas. O problema volta a ser o pouco tempo que se dispõe para percorrer as ilhas. Então decidimos que o melhor seria nas caraíbas, que não há grandes pontos de interesse mas sim, boas praias.
A companhia escolhida foi a Carnival. Uma companhia descontraída e que costuma ser usada por pessoas de várias idades. Fomos no Carnival Fascination uma vez que o nosso destino seriam as caraíbas do Sul. Já há algum tempo que andava a pensar em Santa Lúcia, essa ilha tinha de estar incluída. Apesar disto, como são destinos em que as taxas de porto são bastante altas, optámos por uma companhia um pouco mais barata, mas que não desiludiu.
Mal entrámos fomos logo fazer o reconhecimento dos vários decks, perceber o esquema dos elevadores e estudar a planta.
Por fazermos a visita guiada ao spa, entrámos para um sorteio (que é o que não falta no barco). E não é que ganhámos o prémio máximo para gastar no spa? Muito bom. No entanto tudo lá dentro é caríssimo. Não compensa de maneira nenhuma fazer lá compras, embora eles tentem aliciar, e muito. Por exemplo, não comprámos nenhuma tour com eles. Usam a desculpa de que nunca se atrasam na hora de partida do barco e que inclusive, esperam pelas pessoas. As ilhas estão preparadas para os cruzeiros, há muitas tours direccionadas para turistas de cruzeiros. Eles também não se atrasam. Mas cuidado, é mesmo obrigatório chegar a horas da partida, senão fica em terra.
Todos os dias deixavam no quarto a revista "FunTimes"onde estavam anunciados todos os espetáculos, acontecimentos e horas importantes do dia. Havia dança, karaoke, aulas de ginásio, comédia, competições no casino, sorteios, refeições... A acompanhar vinha uma folha onde falavam acerca do porto de desembarque referente ao dia em questão.
Normalmente há um dia em que as pessoas se aperaltam mais por ser um dia mais formal, o dia de conhecer o comandante.
Nós optámos por não ter bebidas alcoólicas incluídas mas tínhamos sempre à descrição sumos e água.
Havia comida todo o dia. Sempre à descrição. Vários restaurantes com comida para todos os gostos. Foi uma fartazana. Para terem uma ideia, os nossos jantares começavam pelas pizzas às 18h, seguido de um buffet de saladas e depois a refeição no restaurante mais formal por volta das 20h, no qual não comíamos um, mas sim dois pratos de entrada, prato principal e sobremesa (não fôssemos nós portugueses). A hora do jantar e o número das mesas estão pré-definidos por eles. No entanto, há possibilidade de alterar. O menu do dia no restaurante principal é preparado a pensar nos pratos típicos da ilha que se visitou nesse dia. Os empregados são extremamente simpáticos e merecem mesmo a gorjeta (obrigatória) que se dá, uma vez que fazem tudo para agradar e o seu salário é praticamente construído à base disso.






Dia 7
Primeira paragem: St. Thomas, uma das ilhas virgens Americanas.
Ao sair do porto temos à nossa espera uma vasta linha de lojas para nos tentar a gastar dinheiro. Grande parte delas de diamantes e pedras preciosas. Ainda demos uma espreitadela e depois apanhámos um táxi até ao centro da capital, Charlotte Amalie. As cores típicas do caribe por todas as casas e a vegetação verde, fazem paisagens de filme. Subimos um pouco para apreciar as vistas. Voltámos ao barco para almoçar e depois dirigimo-nos de táxi até à praia de Magens Bay, do outro lado da ilha. O acesso à praia foi de 5 dólares. Que praia paradisíaca.
O tempo nas ilhas passa a correr e acabámos por não fazer tour em St. Thomas, embora tivéssemos visto algumas online. É uma opção vossa de acordo com o que pretendem.
Normalmente às 16h30, o barco saía rumo a outra ilha e, como tal, tentávamos chegar por volta das 16h para fazer a entrada.
Os táxis são excessivamente caros e não se paga por táxi mas sim por cabeça. Na melhor das hipóteses conseguem ir num táxi maior e reduz um ou dois dólares ao preço. Isto aplica-se a todas as ilhas.
DICA: No segundo dia de paragem tomámos um bom pequeno-almoço no barco, o que nos permitiu aguentar umas boas horas na praia. Fizemos um almoço mais tardio no barco. Nos outros dias (excepto Santa Lúcia), voltámos ao barco à hora de almoço uma vez que os restaurantes são bastante caros nestas ilhas. Compensava mais pagar de volta o táxi e usufruir do tudo incluído que tínhamos.











Dias 8 e 9
O dia 8 foi dia de navegação. De usufruir a piscina e todos os serviços a bordo.
Barbados. Foi o 9º dia da viagem. Tivemos uma noite bastante atribulada no barco, a ondulação foi bastante e os barulhos também. Houve um momento que pareceu que embatemos em qualquer coisa. Mas pelos vistos não foi nada. Ao contrário de um cruzeiro que fiz uns anos antes, o barco balançava bastante e quando saíamos a terra andávamos um pouco aos "s's" até nos habituarmos.
Logo ao sairmos do barco estavam várias pessoas que estão envolvidas em passeios para turístas e não pensámos duas vezes em aceitar uma proposta que nos ía preencher o dia: ida e volta para o barco, entrada na praia de Carlisle Bay, uma welcome drink, fazer snorkeling com tartarugas e umas horas estendidos na toalha - 25 dólares. Até parecia uma pechincha para os preços a que já estávamos habituados.
Uau... quando chegámos à praia e vimos a água mais limpa e azul das nossas vidas.
Estendemos as nossas tolhas em frente ao bar para usufruir da música caribenha e das bebidas típicas e, quando cegou a hora, partilhámos a primeira experiência com raias. Apenas contávamos com tartarugas.
Passado umas horas retornámos ao barco, devorámos alguma comida e continuámos a usufruir de todos os cantos e experiências que o cruzeiro proporciona.










Dia 10
Para mim a ilha que me encheu mais a alma. Talvez por a termos vivido mais intensamente.
Marcámos uma tour para o dia todo com a Cosol Tours, que recomendo bastante mesmo.
Chegámos a Castries e estava o nosso guia à espera. Durante todo o passeio fazíamos pequenas paragens para tomar uns refrescos ou para provar o pão deles, e ainda fizémos um pequeno-almoço que parecia uma festa de casamento. Todas as pessoas que estavam a fazer tours com a Cosol juntaram-se numa casa com um terraço enorme e uma vista magnífica para petiscar pratos típicos que tinham preparado para nós. Grande banquete.
As nossas paragens passaram pelas plantações de banana, pelas aldeias piscatórias de Anse La Raye e Canaries, Marigot Bay, Soufriere (de onde se avistam as imponentes Pitons e onde apanhámos um barco até Jalousie Beach para fazer snorkeling e apanhar banhos de sol), pelo vulcão (onde entrámos em banhos de quase 39 graus com propriedades medicinais e esfregámos lama de enxofre pelo corpo, que dizem ser rejuvenescente para a pele) e acabámos com a visita à cascata de Toraille para retirar toda a lama que ainda não tinha saído. Não tivemos tempo para as compras finais como eles prometiam, mas o mais importante seria chegar a tempo do barco partir.
DICA: levem fatos de banho que não se importem de estragar, porque vão ficar manchados do enxofre presente na água.















Dia 11
A chegada a St. Kitts foi marcada por chuva e decidimos que não íamos fazer praia neste dia. À saída do porto contratámos uma das muitas tours que nos eram apresentadas. Seria uma manhã com várias paragens culturais à volta da ilha, começando por Basseterre. Saiu mais barato do que se tivéssemos marcado online ou pela Carnival.
A ilha não encantou muito, o tempo também não ajudou, mas ficámos com muita curiosidade em fazer um trail até ao monte Liamuiga e conhecer a praia de Cockleshell ou South Frigate Bay. Aí está uma das desvantagens do cruzeiro, o pouco tempo para vivenciar os locais.








Dia 12
Última paragem em Phillipsburg, na parte Holandesa da ilha, St. Maarten.
Apanhámos táxi para a Orient Bay, na parte francesa, para passar a manhã. Retornámos ao barco para almoçar e depois fomos visitar a Maho Beach, famosa pela proximidade com o aeroporto. Apesar de o mar chamar por mim, a água estava bastante agitada e não me convenceu durante muito tempo.





Dia 13
De manhã bem cedinho já estávamos de volta a San Juan em Porto Rico. Só tínhamos voo às 21h10 e por isso deixámos as malas no café Barrachina por 5 dólares, onde aproveitámos para provar a famosa pina colada. Fizémos um último almoço por terras caribenhas, gastámos os últimos dólares e visitámos o que ainda não tínhamos visto em San Juan, que é uma cidade encantadora.
Tivémos a nossa segunda experiência com a Uber em Porto Rico, e chegámos ao aeroporto. Era hora de nos despedirmos e de trocar a roupa por uma mais quentinha, visto que íamos fazer escala a Oslo e em Portugal ainda estava um tempo ameno.












Se tiverem curiosidade podem espreitar o nosso video muito amador.
DESPESAS
Voos - 615€
Hotel - 83.50€ (4 noites em Porto Rico)
Comida - à volta de 170$
Cruzeiro + seguro - 665€
Táxis - 110$
Entradas - 45$
Aluguer carro + gasolina + portagens - 86.50$
Tours - 282.50$
Souvenirs/ Extras - 22$
Visto - 14 euros
Total gasto por pessoa: 2000€ (apesar dos voos e do cruzeiro terem um valor dentro do normal, as ilhas têm um custo bastante elevado para os turistas, vão a contar com isso)