
ZANZIBAR
Ao ritmo "pole pole" e a levar a vida "hakuna matata".
Viagem realizada em Novembro de 2021.
Moeda Local:
Xelim
Diferença horária:
+3 horas
A tratar antes da viagem:
- Seguro de viagem aqui
- Passsaporte
- Visto, embora possa ser feito também à chegada ao aeroporto de Zanzibar.
- Consulta do viajante (podem utilizar um desconto com o código “ALMADEVIAJANTE”)
Normalmente a profilaxia da malária é recomendada e pode ser necessária a vacina da febre amarela caso sejam provenientes de países de alto risco. Marquem a consulta com alguma antecedência.
- Certificado digital e teste PCR caso seja necessário. Podem consultar as restrições dos países aqui.
- Preencher o formulário de saúde online antes da viagem.
Dias por Jambiani
Devido ao estado atual da pandemia, resolvemos ter alguns pontos em atenção antes de marcar a viagem. Fazíamos questão que a escala fosse feita na Europa (por facilidade de certificado digital) e num país que estivessemos bastante familiarizados ou que tivessemos algum apoio. Decidimo-nos pela Holanda pelo facto de um de nós já lá ter morado e por termos pessoas conhecidas a morar lá. O valor da viagem foi uma boa surpresa, era das mais baratas.
Outra questão que tivemos em atenção foi viajar obrigatoriamente com seguro de viagem (algo que sempre fazemos quando vamos para fora da Europa).
Dia 11 de Novembro fomos de manhã cedinho até Amesterdão e depois de uma curta escala, até Zanzibar, pela KLM.
Correu tudo muito bem e permitiu-nos chegar no próprio dia ainda à Tanzânia.
Como a chegada foi já perto das 21h locais, resolvemos marcar transfer do aeroporto para o Hotel com o serviço de transporte do Hotel, para não corrermos o risco de sermos enganados.
O objetivo da viagem era descansar e não queríamos andar a mudar de hotéis durante a viagem. Sabíamos que a zona sul era mais afetada pelas marés e que a maré baixa poderia não dar para grandes banhos. No entanto, permitia ver toda a vida marinha que ficava a descoberto com o recuo da maré e também observar o trabalho dos locais na plantação de algas. Não tivemos grandes dúvidas, queríamos ficar por aqui, numa zona mais sossegada, mais próximo dos locais e sem muitos turistas.
Marcámos um hotel com meia pensão uma vez que não pretendíamos sair à noite e não sabíamos se seria seguro. O resto das refeições optámos por locais perto do Hotel ou mesmo no Hotel e fizemos também refeições durante algumas tours.
A primeira impressão quando saímos do avião foi de que tínhamos um aquecedor nas calças e até ficamos um pouco atordoados e com dores de cabeça devido ao calor. Depois de uma boa noite de sono já tudo melhorou. Durante a noite há muita gente sentada pelas ruas simplesmente na conversa, ou a andar de bicicleta pelas escuridão da ilha, tudo muito tranquilamente.
De manhã acordámos no paraíso. O hotel tem uma música muito apropriada e calma e vai mudando consoante o horário das refeições. O hotel tem uma vista lindíssima, é composto por dez bungalows e centrado por uma piscina.
As pessoas são fenomenais, muito prestáveis e podem preparar-se para serem abordados sempre que vão à praia. São muito curiosos e no final ainda tentam vender um passeio ou artesanato, mas sem serem insistentes. O que mais nos marcou foi o estilo de vida. Estão sempre a referir o "pole pole" (devagar devagarinho) e o "hakuna matata" (sem problemas). Aqui a vida tem um ritmo muito mais lento e é muito descontraída. As crianças andam na rua, todos cumprimentam ("Jambo") com um sorriso na cara e no final do dia fazem um belo mergulho no mar ou juntam-se na areia a jogar futebol, muito famoso por aqueles lados. São todos muito genuínos e prontos a ajudar.
Jambiani fica virado para o nascer do sol, que é lindíssimo. Os dias passados por aqui foram entre praia, piscina, descansar à sombra das palmeiras a ler, dar uns passeios na areia, descobrir a vida marinha da maré baixa, ver as plantações de algas... tudo ao estilo pole pole. O recuo da maré não nos impediu de todo de ir a banhos. Mudava de 7 em 7h aproximadamente mas parecia tudo muito rápido. Tão depressa estava baixa como estava alta.
O tempo esteve sempre maravilhoso, embora na primeira tour tivessem aparecido algumas nuvens e uns chuviscos, mas por muito pouco tempo.
DICAS:
- Podem imprimir o vosso cartão de vacinas no site do SNS.
- Para facilitar os pagamentos e evitar taxas, utilizámos o cartão Revolut. Levámos algum dinheiro em dólares já de Portugal e com notas de data não inferior a 2006, por virmos em alguns sites que poderia ser um problema.
- Levem adaptador de tomadas universal.
- Site para marcarem teste à covid em Zanzibar, caso seja necessário.
- Não existe representação diplomática portuguesa na Tanzânia, sendo os assuntos acompanhados pela embaixada de Maputo. Deverão contactar primeiro uma embaixada europeia; a de Espanha por exemplo.
- Jambiani é bastante calmo. Se fossemos agora, provavelmente escolheríamos Paje para ficar a dormir, que é um pouco mais movimentado, tem restaurantes agradáveis e um ambiente jovem.
- As estradas em Jambiani e um pouco por toda a ilha são de terra batida ou areia, exceto as principais, que estão em muito bom estado. As viagens podem ser longas, embora a distância seja curta.
- Atenção com a presença de água em sumos, comida e a lavar os dentes. Pode dar origem a problemas gastrointestinais.
- Podem optar por um hotel com piscina para conseguirem ir a mergulhos nas horas em que a maré está muito baixa.
- Os transportes públicos são os dala-dala, mas demoram muito tempo a fazer distâncias curtas e normalmente vão cheios.
Sugestão de alojamento:
Nur Beach Hotel - muito simpáticos, limpam os quartos todos os dias, colocam spray anti mosquitos todas as tardes e abrem a rede mosquiteira, a comida é boa e a praia fenomenal. Fazemos apenas o reparo negativo em relação ao pequeno-almoço, que poderia ser mais variado e à formação dos empregados, que poderia melhorar (por vezes confundem-se no inglês e são pouco organizados).
Sugestão de restaurantes em Jambiani e Paje:
Yellow card café - comida ótima e sumos maravilhosos a preços ainda melhores.
Chez Hassan - espaço muito simples mas comida muito boa.
Mr Kahawa - ambiente jovem em Paje.
Normalmente os restaurantes têm os preços em xelins, vão preparados para isso.

























Nakupenda e Prison Island
Ainda em Portugal reservámos as tours que queríamos fazer com a Tum Tours. O Kheir foi o nosso guia. Um rapaz maravilhoso que fala várias línguas e está a aprender Português. Tem o sonho de tirar Direito e está a trabalhar bastante para o fazer. Está sempre pronto a satisfazer os nossos pedidos, não nos impõe horas e tem um grande conhecimento da história de Zanzibar. Foi bastante flexível a reorganizar as tours e horários. Recomendo a 100%.
Em todos os passeios foram buscar-nos e levar-nos ao hotel, o nosso guia e o motorista.
Seguimos de Jambiani até Stone Town onde apanhámos o barco até à Prison Island ou Changuu island. Esta ilha serviu para colocar as pessoas com febre amarela de quarentena e como prisão para os escravos que não se comportavam de acordo com as regras. De momento é um abrigo para as tartarugas gigantes oferecidas pelo governador das Seychelles. A tartaruga mais velha tem a este momento 119 anos. Podemos andar no meio delas e alimentá-las.
Para entrar na ilha é preciso pagar. No nosso caso já estava incluído.
Daqui seguimos de barco até ao sandbank de Nakupenda (que quer dizer "Amo-te"). Este banco de areia no meio do mar é bastante paradisíaco. Enquanto montavam uma espécie de tenda para podermos almoçar, fomos a banhos, relaxámos e comemos fruta tropical (a melhor manga das nossas vidas). O almoço foi uma delícia, com direito a lulas, polvo, atum, camarão, lagosta, salada e as batatas fritas deliciosas de Zanzibar. Tudo cozinhado no local.
Visitámos outro sandbank nas férias mas este foi sem dúvida o melhor.
DICAS:
- Esta tour ficava mais barata caso a partida fosse de Stone Town. Jambiani fica a cerca de 1h de distância da capital, o que encarece a tour.
- Tentem ser os primeiros a chegar a Nakupenda, antes de todos os turistas chegarem.
















Mnemba e Floresta Jozani
Após um dia de descanso no hotel, fizemos outra tour.
Tínhamos apenas marcado ir a Mnemba, que seria meio dia mas decidimos juntar a floresta de Jozani da parte da tarde.
A viagem para Mnemba foi longa, fica quase na ponta norte da ilha.
Não é permitido visitar esta ilha por ser privada.
Em primeiro lugar fomos ao encontro de golfinhos, onde pudemos nadar ou tentar nadar com eles. É uma tarefa difícil, uma vez que se deslocam muito rápido.
Depois seguimos para perto da ilha para fazer snorkeling. No barco tínhamos fruta e bebidas à nossa espera.
E para acabar em beleza fomos a mergulhos numa piscina natural no meio do oceano índico. Os tons de azul que testemunhámos são inesquecíveis.
Neste dia almoçámos bastante tarde para termos tempo de passar na floresta. Pagámos a entrada e decidimos fazer a visita com o nosso guia, embora tivessemos direito a um guia do parque.
A visita foi dividida em três partes: conhecer as diversas árvores lá presentes, ir ao encontro dos macacos pretos e dos vermelhos e visitar os mangroves. Os macacos vermelhos são endémicos da ilha, são uma espécie ameaçada e são mais difíceis de encontrar que os pretos.
DICAS:
- Nungwi fica mais perto de Mnemba, perdem menos tempo em viagens e fica mais barato. Jozani é mais perto de Jambiani.
- No mar estavam umas alforrecas bebés que praticamente não se viam, mais à superfície, mas que me picaram. No entanto, é uma dor fraquinha e não vale a pena entrar em pânico.
- Vão com alguém que saiba onde se escondem os macacos vermelhos, podem demorar horas a encontrá-los.

















Safari Blue
O Safari Blue é um dos mais famosos passeios por Zanzibar. Começa-se o dia a bordo um barco desde a aldeia de Fumba, e rumamos até um sandbank perto de Kwale Island. Depois de relaxar, fazemos umas paragens para snorkeling. Durante este tempo podem sempre retornar ao barco para tomar refrescos e comer fruta.
Durante o snorkeling tivemos a visita inesperada de milhares de alforrecas ( o que não é muito comum). São maravilhosas mas apanhámos um valente susto uma vez que ainda estávamos na água. No final acabou por correr tudo bem.
Seguiu-se uma visita e paragem para banhos numa espécie de lago que se forma no mar junto à ilha, e que está rodeado de mangroves.
O almoço é feito na ilha. É um almoço maravilhoso com marisco. Enquanto nos estão a preparar a refeição, fomos conhecer a árvore centenária baobab e visitar as várias tendas de souvenirs. Assim que nos considerámos satisfeitos com o almoço e com mais um mergulho, voltamos à ilha de Unguja mas desta vez de barco à vela (barco tradicional, normalmente chamado de "dhow").
Zanzibar é um arquipélago, a ilha maior é Unguja, a que normalmente as pessoas se referem como Zanzibar.
DICAS:
- Se não conseguirem ver estrelas do mar, peçam aos vossos guias, eles sabem onde as encontrar.











Spice Farm e Stone Town
Este dia incluía duas paragens. Da parte da manhã fomos até à spice farm Big Body e depois conhecer a capital Stone Town.
Na spice farm tivemos um guia que nos deu a conhecer todas as árvores de fruta e especiarias que ali crescem e são cultivadas, tivemos direito a ver um senhor a subir engenhosamente a uma palmeira e a cantar o Jambo Bwana enquanto fazia uma dança, deram-nos vários acessórios feitos de folha de palmeira para recordação e ainda comemos fruta e bebemos um poderoso chá de gengibre. No final podem trazer produtos da quinta, que compram na loja. É uma visita bastante interessante.
Antes de visitar a cidade, fomos almoçar. A cidade faz lembrar as ruas de Fez, em Marrocos. É muito fácil nos perdermos embora não pareça ser tão caótica.
Visitámos o mercado Darajani, passámos por várias portas típicas, vimos diferentes arquiteturas (a ilha foi colonizada por diferentes povos que deixaram a sua marca), conhecemos um pouco da história dos escravos, uma vez que aqui era um grande posto de compra e venda de escravos, visitámos o museu da escravatura, o forte, passámos na House of Wonders (que está em obras), entrámos na catedral anglicana, passámos pelo Jaws Corner (um cruzamento de ruas com uma belíssima atmosfera), percorremos os jardins Forodhani e cruzámos a casa onde Freddie Mercuri viveu.
DICAS:
- Subam a um rooftop para terem uma bela vista da cidade e tomarem um refresco, longe da confusão que se faz lá em baixo. Recomendamos o hotel Swahili House.
- Um boa loja de souvenirs: Memories of Zanzibar.
- Recomendava ficarem um noite em Stone Town para absorverem o ambiente da cidade e poderem também combinar tours de barco a partir daqui, para ser mais barato.
- A tanzanite é um pedra muito rara que se encontra em Arusha, na Tanzânia continental. No entanto, pode ser uma boa oportunidade para a adquirirem a um preço mais baixo que noutros países.
Sugestão de restaurante em Stone Town:
Lukmaan

















A viagem de regresso foi feita com uma escala em Dar es salaam e outra em Amesterdão. Se também fizerem uma escala doméstica, não vão com muita antecedência para o aeroporto. É um aeroporto muito pequeno e teriam de ficar muito tempo à espera sem ar condicionado naquele calor infernal.
Outras tours e visitas que poderão fazer:
- Pemba Island
- Safari na Tanzânia continental
- Kuza cave
- Praia de Kendwa (a melhor praia de África)
- Nungwi
- Restaurante "The Rock"
Comida típica: biryani e arroz pilau, mishkaki, marisco, sopa urojo, fruta.
Se tiverem curiosidade podem espreitar o nosso vídeo muito amador.
DESPESAS
Voos - 550€
Alojamento 9 noites com meia pensão - 395€
Visto - 45€
Shuttle para o aeroporto - 42,5€
Comida extra - 53€
Entrada na floresta Jozani - 10,5€
Tours - 216€
Total gasto por pessoa: 1312€
Estes foram os gastos obrigatórios. Podem sempre contar com extras opcionais: passaporte caso não tenham, seguro de viagem, consulta do viajante, medicamentos, souvenirs, gorjetas, teste PCR... Seguem alguns gastos extra por pessoa, como exemplo:
Consulta viajante: 20€
Medicamentos: 70€ (fizemos a profilaxia diária da malária, que é bem mais cara que a semanal)
Seguro: 46,5€
Passaporte: 60€
Parque aeroporto: 20€