
INDONÉSIA
O apurar de todos os sentidos.
PERCURSO
Viagem realizada em Abril e Maio de 2016.
Dia 1 - Lisboa - Istambul
Dia 2 - Istambul - Jacarta
Dia 3 - Jacarta - Yogyakarta
Dia 4 - Yogyakarta - Surabaya
Dia 5 - Surabaya - Probolinggo
Dia 6 - Probolinggo - Banyuwangi
Dia 7 - Banyuwangi - Bali
Dias 8 a 10 - Bali
Dia 11 - Bali - Gili Meno
Dias 12 a 14 - Gili Meno
Dia 15 - Gili Meno- Gili Trawangan
Dia 16 - Gili Trawangan - Bali - Jacarta
Dia 17 - Istambul - Madrid - Lisboa
Moeda Local
Rúpia Indonésia (fizemos vários levantamentos com cartão de débito mas sugiro que levem euros ou dólares para trocar lá. Em alguns sítios a taxa de conversão é quase inexistente)
Diferença horária:
Java: + 6 horas
Bali e Gili: + 7 horas
A tratar antes da viagem:
Podem consultar o vídeo pedagógico sobre temas a ter em atenção durante a viagem.
Viagem até Jacarta
Depois de tanto planeamento e do nervoso miudinho por ser a nossa primeira viagem "maior" organizada por nós, estávamos finalmente no avião. Após 4h40 de viagem, chegámos a Istambul com a Turkish airlines, e as férias num destino há tanto tempo ambicionado estavam cada vez mais perto. Às 02h00 da manhã já estávamos de partida para um novo destino: Jacarta. Aí custou um pouco mais a passar porque foram 12 horas de voo e o avião que fazia este percurso também não era o mais cómodo. O visto é feito no aeroporto com um custo de 35 dólares. À chegada apanhámos um táxi do Blue Bird Group, que dizem ser os mais fiáveis.
DICA: Escrevam os locais por onde vão passar numa folha para o caso de eles não vos perceberem. Se possível, escrevam também as moradas.
Sugestão de Alojamento: Swift Inn Aeropolis Airport - foi apenas para descansar e fazer tempo para o próximo voo e por isso não nos fez grande diferença. O cansaço também era muito. Mas este hotel não prima pela limpeza.
Yogyakarta
De barriga acomodada com o pequeno-almoço, dirigimo-nos ao shuttle providenciado pelo hotel para nos levar ao aeroporto. Tínhamos como destino Yogyakarta, que nos esperava por volta das 11h00 da manhã. O voo aqui foi curto, de 1 hora, através da Air Asia.
À chegada estava à nossa espera o motorista do hotel onde íamos pernoitar nesse dia, com o qual já tínhamos tudo marcado previamente. Foi uma viagem cerca de 20 minutos.
Na viagem deu para ver um pouco da cidade, que não nos despertou interesse. As casas são todas "empacotadas" umas nas outras e as ruas estreitinhas. O que notámos logo foi o bafo de ar quente sempre presente. Tivemos de trocar de roupa várias vezes ao dia por a roupa ficar constantemente molhada de transpiração.
Ficámos deslumbrados mal chegámos ao hotel. Pessoas muito simpáticas, hotel muito acolhedor e com aquela música típica deles que não nos sai da cabeça ainda hoje. Aquela sensação de férias desceu finalmente sobre nós. Ficámos de imediato pelo restaurante, que é aberto para a piscina e com comida deliciosa. Mas primeiro, uns miminhos de boas vindas.
Para quem tem medo de bichos (como eu) convém saber que as paredes estavam cheias de geckos pequeninos. Foram os únicos bichos que poderiam ter causado desconforto ao longo de toda a viagem. Mal os vi fiquei apavorada, mas rapidamente me apercebi que eles não se chegam a nós e que até são fofinhos.
O quarto era bastante espaçoso, muito limpo e a piscina com um ambiente fantástico.
Podíamos ir consumindo o que nos apetecesse, à hora que nos apetecesse, fazer visitas com o motorista pelo tempo que quiséssemos, e no final apresentavam-nos a conta. Como era tudo tão barato, sentíamo-nos a viver um bocado à grande, como se costuma dizer.
Às 14 horas já tínhamos planeado ir conhecer alguns lugares da zona: o Kraton Palace (com uma gorjeta consegue-se guia à entrada, que faz uma extensa explicação do local), ver como se faz o Batik (uma técnica de tingimento de tecidos artesanal)na loja Batik Seno, o Taman Sari (estava fechado à hora que fomos), a Jalan Malioboro (passámos apenas de carro) e ir a Kotagede à fábrica da prata e ao cemitério real. Depois disto ainda chegámos a tempo de dar uns mergulhos na piscina. Este hotel era o local perfeito para descansar uns dias, com um ambiente mais familiar e tranquilo e com boa comida.
DICA: Levem mais mudas de roupa do que o que pretendem usar. Apesar de poderem lavar lá, convém terem roupa extra para andarem a trocar mais frequentemente, e mais à vontade.
Sugestão de alojamento: Rumah Mertua Boutique Hotel and Restaurant
Sugestão de iguarias típicas: Gado-gado, Babi guling, Nasi Goreng, Babi Kecap, Mie goreng, Sate/Satay, Soto ayam.
















Borobudur e Prambanan
Este dia começou cedo: às 04h00 já estávamos à porta de Borobudur para comprar o bilhete a tempo do nascer do sol. Não podia conter a excitação. Afinal, era este um dos principais motivos que tanto me fazia querer visitar a Indonésia. É o maior templo budista, construído em várias plataformas. A entrada para ver o nascer do sol não é barata. Apenas considero valer a pena porque é quando há menos turistas e se consegue usufruir melhor do local.
É estonteante. Circundado por uma floresta tropical. Rodeados apenas por verde, o som dos animais e paz. Indescritível. Não foi tanto pelo nascer do sol mas sim por o que o próprio lugar nos transmite. Ficámos umas boas horas a usufruir de todo este ambiente. No final tivémos direito a uma reconfortante bebida e um doce.
Com o mesmo motorista da parte da manhã (marcado com antecedência online), seguimos viagem até ao Templo de Prambanan. Desta vez o maior templo Hindu da Indonésia. É composto por vários templos e tem uma área grande para percorrer. Também é bonito mas não nos deixou o mesmo sentimento que Borobudur.
Daqui seguimos diretamente para o aeroporto para apanhar o voo da Sriwijaya Air com destino a Surabaya. Optámos por fazer um voo mais cedo e deixámos alguma margem porque já tínhamos lido que os voos destas companhias costumam-se atrasar. E foi o caso.
Surabaya é uma cidade que tem um pouco de má fama na Indonésia, por ser um pouco perigosa. Quando chegámos tínhamos um taxista, marcado pelo hotel, à nossa espera para nos levar. Era quase meia-noite e as ruas estavam cheias de vida. Avenidas larguíssimas e muito compridas com grande tráfego. Havia festas em todo o lado, muito semelhantes às nossas festas das terrinhas. Churrascadas, música, carrosséis. E motas.... muitas motas.
O hotel era muito confortável, sossegado e limpo. A vista à noite para a cidade também nos enchia os olhos.
DICA: o nosso motorista não serviu de guia e, como tal, ficou-nos a faltar perceber mais sobre os templos. Se pretenderem, convém referir antes da visita. Ou então poderá ficar mais em conta marcar um táxi na altura, para vos levar aos locais.
Sugestão de alojamento: Quest Hotel Surabaya















Viagem até Probolinggo
O dia não começa com um pequeno-almoço agradável. O local estava cheio de moscas e a comida parecia mais de uma refeição de almoço ou jantar do que um pequeno-almoço. O exagero no picante logo de manhã também não ajudava.
Mas, este era o dia em que daríamos início à tão esperada tour de 3 dias pelos vulcões. As dúvidas foram muitas, principalmente por ser um país tão diferente do nosso e por não sabermos em quem e no quê que poderíamos confiar. Decidimos que o melhor seria marcar um guia para nos orientar nestes dias. Os e-mails trocados antes da viagem foram mais que muitos e a segurança começou a instalar-se. Recomendo muito esta empresa pela simpatia e profissionalismo prestados. Foi uma tour que acabou por encarecer um pouco a viagem mas que vale muito muito a pena. Quanto mais pessoas forem no grupo, mais barato fica. Se forem mais aventureiros do que nós, podem também fazer a visita sozinhos ou, para se sentirem mais seguros, com um grupo de amigos e alugar táxis ou utilizar os transportes públicos.
O primeiro contacto com o nosso guia foi no hotel, onde nos foi buscar à hora que acordámos previamente. À espera no carro estava o nosso motorista para os próximos dias. Foi uma agradável surpresa porque tivemos toda a atenção do guia durante as viagens de carro. Como nem tudo é bom, convém referir que o trânsito é caótico e a condução deles também. Houve um dia que vi mesmo a morte à minha frente mas não sei por qual milagre, ainda aqui estou. Eles e só eles, conseguem safar-se naquelas situações.
Numa viagem de aproximadamente 4 horas deu para nos ficarmos todos a conhecer melhor. A paragem para um grande almoço levou-nos qualquer coisa como 3 euros do bolso e deu-nos o primeiro contacto com as "sanitas de pé".
Estava planeado ir à cascata neste dia mas a chuva estava intensa e tornava-se perigoso. Fomos então mais cedo para o hotel e demorámo-nos pelo restaurante a provar iguarias típicas. Tudo tão barato que já não sei a quantos pratos pedimos.
A calma impera naquele lugar. Só havia mais dois hóspedes e não havia barulho na rua. Aquele lugar faz-nos pensar que estamos num local mesmo longe e remoto. Estávamos no meio da floresta, num dia de chuva tropical, a provar comida típica num hotel típico. Mais uma sensação impossível de descrever mas que ainda consigo sentir.
DICA: Não aluguem carro ou mota para conduzirem, tanto em Java como Bali. A maior parte dos acidentes são causados por turistas que não estão habituados àquele trânsito e acabam por complicar a condução de quem lá vive.
Sugestão de alojamento: Yoschi's Hotel (Sugestão da empresa da tour, já incluído; hipótese de escolher outro mediante disponibilidade e pagamento extra.)







Parque Bromo Tengger Semeru
Às 4h00 da manhã lá fomos no Jipe em direção ao parque nacional onde se situa o vulcão ativo Bromo.
Para entrarmos, fomos sujeitos a revisão do jipe, e o nosso guia sujeito a várias perguntas por parte da segurança local. Um pouco assustador tendo em conta que eram muitos e estava noite cerrada. Parecia uma coisa saída de filme.
O caminho durante a noite é irreconhecível para quem nunca o fez. Fomos subindo até ao miradouro da montanha Penanjakan. Há sítios alternativos e menos lotados onde se podem avistar os vulcões.
Esperámos pelo nascer do sol, que neste dia não foi tão espetacular como num dia quente de Agosto, mas valeu a pena, claro. A vista é linda de morrer.
Ainda era bastante cedo e descemos ao mar de areia com o objetivo de subir o Bromo. O caminho ainda era longo e seria bastante cansativo por ser em areia, daí termos optado por ir de cavalo. As cinzas cobriam as escadas que levavam ao topo do vulcão mas a subida era bastante fácil. Uma palavra: UAU. Que experiência! O vulcão tremia por baixo dos nossos pés e sentíamos o poder da natureza ali tão perto. Aquele barulho ensurdecedor, assustador mas ao mesmo tempo imponente e cativante. Fiquei congelada por um bocado e nem sequer me passou pela cabeça o perigoso que poderia ser.
Hora de descer, tomar o pequeno-almoço e voltar à estrada até à próxima paragem: Cascata de Madakaripura.
Tivemos alguns problemas para conseguir aceder áquela área. Apesar de já termos pago o acesso, os locais que tomam conta do lugar queriam que pagássemos mais dinheiro e tentaram negociar com o guia de forma bruta. Tínhamos pela frente um caminho de alguns quilómetros feitos de mota com os locais e o nosso guia não pôde ir connosco. Estávamos por nossa conta. Foi um pouco assustador. Depois desse caminho ainda tínhamos 2km para fazer a pé até chegar efetivamente à cascata. Fizemo-lo com um guia local, que nos ajudou durante o caminho. Entretanto uns turistas viram-nos sem casacos à prova de água e ofereceram os seus ponchos. Foi o que nos safou de uma valente molha.
A cascata é linda e o sítio faz-nos sentir isolados do mundo (e quase que estávamos mesmo, não havia mais ninguém por lá). Adorei o barulho ensurdecedor dos pássaros, pareciam gritos e berros que ecoavam nas montanhas, como nunca tinha ouvido. O que nos assustou mais foi o guia pedir-nos dinheiro novamente quando sabia que nós já tínhamos pago. Como estávamos sozinhos com ele e dependíamos dos outros locais para nos levarem de volta, demos uma pequena gorjeta, mas ele reivindicou mais. E assim o fizemos, para evitar confusões.
De volta para perto do "nosso" carro rumámos a Banyuwangi. Pelo caminho parámos junto a uma praia com areia preta e almoçámos um grande peixe e gambas grelhadas com um sumo natural, claro. Depois ainda foi um longo caminho, mas o hotel que nos esperava fazia valer a pena. Dali tínhamos vista para Bali.
DICA: Levem roupa quente, gorro e luvas. Faz muito frio tanto nesta área como em Ijen ao nascer do sol.
Comprem ponchos para visitar a cascata pois vão-se molhar. E levem calçado para troca.
Sugestão de alojamento: Watudodol Hotel (Sugestão da empresa da tour, já incluído; hipótese de escolher outro mediante disponibilidade e pagamento extra.)
























Vulcão Ijen e travessia para Bali (dia 1)
A esta altura das férias já estávamos bastante cansados, mas hoje era mais um dia para levantar bastante cedo. O motivo era bom. Ver um fenómeno quase único no mundo: blue fire.
Começámos a subir o ijen juntamente com o nosso guia e outros turistas, com a ajuda de uma lanterna e munidos de máscaras para proteger dos gases libertados pelo vulcão. A subida é custosa e nunca se sabe o que poderá aparecer no caminho. Os macacos andam por aquelas bandas e segundo o nosso guia, não seria incomum aparecer uma pantera, por exemplo. Depois de chegar ao cume, é hora de descer um caminho de pedras até perto da chama azul e do local de extração do enxofre. O enxofre é extraído à mão e transportado em cestos pelos trabalhadores até ao topo da cratera com uma inclinação de 45 a 60 graus ao longo de 300 metros, e depois durante três quilómetros montanha abaixo com a ajuda de um carro de mão. Cada mineiro carrega entre 75 e 90 kg, as vezes que conseguir ou quiser num dia. Esta exposição constante aos gases não é nada benéfica para a saúde.
Ao lado desta área está o maior lago fortemente ácido do mundo com uma cor azul turquesa linda, mas que nesse dia não foi possível ver com clareza devido às nuvens.
De volta a um café perto do parque do carro, tomámos o pequeno-almoço que o hotel preparou para nós levarmos, e seguimos até ao porto de Banyuwangi para fazer a travessia de barco para Bali. Pelo caminho fizemos algumas paragens: a primeira foi pela floresta tropical com árvores gigantes onde pudemos extrair canela da árvore e ver grãos de café; e a outra paragem foi para provar o café mais caro do mundo, o luwak.
Do porto de Ketapang fomos até ao porto de Gilimanuk, no Bali. À chegada estava à um motorista que já tinha sido pedido pela empresa da tour que acabáramos de fazer. A viagem era até Ubud e foram cerca de 4 horas de viagem.
As primeiras impressões foram de que havia verde por todo o lado e cada casa tinha um mini templo. Outra coisa, foi a leveza da ilha e das pessoas que lá moram. Não esquecer que Java é maioritariamente muçulmana e Bali mais hindu. Notam-se diferenças no tratamento das pessoas.
O hotel onde ficámos hospedados tem umas vistas fantásticas e era simplesmente maravilhoso acordar, ver as montanhas e ouvir os pássaros e a água do rio correr. O hotel tínha muito poucos hóspedes nesta altura e sempre que necessário ajudavam-nos no momento. Eram bastante simpáticos e prestáveis. No quarto havia sempre muita água (essencial com aquele calor) e fruta.
No resto da tarde ficámos pela piscina, da qual se via um por do sol espetacular.
Sugestão de alojamento: Rijasa Agung Resort and Villas
















Bali dia 2
Acordar com aqueles sons e aquelas vistas é qualquer coisa de extraordinário. Sente-se uma paz interior enorme.
Hoje é dia de começar a explorar a ilha dos deuses. E para o fazer, contratámos um motorista da Bali Made Tour. Os preços são bastante acessíveis e assim têm alguém que conhece o local e sabe como se desenrascar naquele trânsito maluco. O itinerário é feito à vossa medida. Podem dizer o que querem conhecer e em quanto tempo, e eles logo dizem como distribuir pelos dias disponíveis e o que vale ou não a pena fazer, indicando sugestões.
Bali tem muita oferta de atividades para fazer e locais para visitar, daí que nos complicou a nossa escolha por termos apenas 3 dias completos para a descoberta. A ilha parece pequena mas pode-se demorar bastante tempo a chegar aos sítios.
Começámos este dia da melhor forma. Fomos os únicos turistas no Templo de Lempuyang. O templo é lindíssimo e com umas vistas brutais. Não hesitem em adicioná-lo ao vosso roteiro. Logo aqui aprendemos que temos de usar um sarong para entrar nos templos. Em alguns dá-se um pequeno donativo, em outros fazemos um pagamento simbólico.
Segue-se a visita ao Jardim Real da Água Tirta Gangga. Aqui mistura-se o verde com a água e as figuras de deuses. É um local de paz. Depois fizemos uma paragem para almoço num restaurante sugerido pelo motorista, com uma vista linda para a lagoa de lótus em Candidasa, e comemos um peixe divinal. Daí seguimos para uma vilazinha típica: Tenganan. Vimos como pintam as galinhas com cores exuberantes só para divertimento, e como fazem desenhos e escritas lindíssimas em folhas de palmeira. Chamam-se lontar. Trouxemos um de recordação, onde escreveram os nossos nomes em balinês e aproveitamos para comprar para dar de recordação, marcadores de livros.
Apesar de parecer que visitámos pouca coisa, as viagens de um sítio para outro podem demorar muito tempo, daí o nosso dia estar completo.
Ao jantar optávamos sempre por ficar pelo hotel uma vez que era afastado do centro de Ubud, mas havia um shuttle disponível para nos levar caso assim o quiséssemos.
DICAS: Ao longo da nossa estadia no Bali tivemos dois motoristas diferentes, um com mais aptidão para servir também de guia do que outro. Se optarem por fazê-lo, não se esqueçam de referir que querem um guia e não só um motorista.
Como para entrar nos templos é sempre preciso vestir um sarong, uma opção é comprar previamente, e fica de recordação.
Tentem sempre negociar o preço das coisas, normalmente eles baixam até 60% do valor inicial.
Sugestão de restaurante: Lotus Seaview Candidasa





















Bali dia 3
Mais um dia no paraíso.
Não estava nos nossos planos mas após tanta insistência do motorista, fomos a Batubulan ver a dança do Barong. Segundo ele, a mais autêntica. E ainda bem que fomos. Aqueles sons, cores, a envolvência, ficam para sempre na nossa memória. Que espetáculo lindo! De seguida fomos a um dos meus locais favoritos, Gunung Kawi. Um templo no meio dos arrozais, com escavações na pedra e que fica "escondido" lá no fundo. Não podíamos deixar de lado Tirta Empul, famoso pelas suas águas espirituais. Cada fonte tem como objetivo fazer a limpeza ou purificação de uma característica diferente. Para terminar a manhã e apesar de já termos provado em Java, fomos ver como se produzia o café Luwak ao Bali Pulina Agro Wisata. Foi-nos explicado todo o processo de produção, vimos inclusive o animal envolvido neste processo e ainda vimos outro tipo de produtos, visto ser uma espécie de quinta. No final tivemos oportunidade de experimentar de graça variações do café e de chás, com vista para os arrozais. Um local que também merece muito a visita.
Como queríamos explorar um pouco da cidade de Ubud, pedimos ao motorista para nos deixar no centro. Almoçámos, fomos ao mercado e ao templo de Saraswati. No final apanhámos o shuttle do hotel e passámos o resto da tarde na piscina.
Sugestão de restaurante: Nomad

























Bali dia 4
Pura Ulun Danu Beratan. O templo no lago. Quando lá chegámos estavam muitas nuvens, o que parece ser normal por aqueles lados. Mas nesse dia avizinhava-se mau tempo. O templo é muito bonito e dá para fazer umas pequenas caminhadas ao redor. Perto de lá visitámos o mercado de Candi Kuning e depois seguimos viagem até aos arrozais de Jatiluwih, património da UNESCO. Foi aí que finalmente caiu uma grande chuvada. Não deu para fazer uma longa caminhada pelos arrozais porque tivemos de nos abrigar. O objetivo de final de dia seria ir a Tanah Lot mas como tínhamos tempo de sobra, o motorista propôs ir ao Alas Kedaton, um templo com macacos. Não seria uma prioridade para mim, mas ganhou a maioria. Quando finalmente chegámos a Tanah Lot, a chuva não deu tréguas e não nos apeteceu descer e ver de perto. Ficámo-nos pelas vistas de cima.
DICA: Se quiserem experimentar gado-gado, comida tradicional, provem em vários restaurantes. Ele pode ser confecionado de maneira muito diferente de sítio para sítio.












Gili Meno
De manhã cedinho fomos de shuttle do hotel até ao centro de Ubud, esperar pelo próximo shuttle que nos levaria até ao porto de Padang Bai, para fazermos a travessia para as Gili. Marcámos com a Gili Transfers. O destino final seria Gili Meno mas não há barco direto. Fomos até à Gili Trawangan e depois pagamos um barco local para nos levar até à ilha vizinha. Há muita oferta por isso não foi motivo de preocupação. Nós não pensámos bem no assunto mas poderíamos ter ficado na Gili Air e fazer a travessia desta ilha para Meno, tinhamos poupado tempo de viagem. Pouco antes da hora de almoço já estávamos a ser recebidos no hotel com um pano embebido em água fresca e um sumo. Finalmente uns dias de descanso.
Escolhemos Gili Meno porque das três Gili (Air, Meno, Trawangan) seria a mais calma. Às vezes faltava a luz ou água quente mas nada de preocupante. À noite era difícil fazer a volta à ilha por falta de luz e por isso ficávamos maioritariamente no hotel. Era mesmo para descansar. Não há transportes motorizados e consegue-se dar a volta à ilha a pé em 1 hora mais ou menos.
Tivemos a nossa primeira experiência de snorkeling. Aventurámo-nos sozinhos na praia do hotel e conseguimos avistar duas tartarugas. Sempre com atenção aos ouriços do mar.
O por do sol na ilha é deslumbrante e deixa a areia com um tom avermelhado. A água do mar é bem quentinha mas a temperatura da água da piscina começava a ser insuportável da parte da tarde.
Havia um local no hotel para aulas de yoga e um salão de massagens do qual usufruí.
DICA: Bali e Gili temos de pagar uma taxa extra nos restaurantes, contem com isso.
Sugestão de alojamento: Seri Resort Gili Meno

























Gili Trawangan e regresso a casa
Para regressar a casa teríamos de voltar à Gili Trawangan. O hotel organizou a curta travessia de barco.
Decidimos passar lá um dia para ter noção do ambiente da ilha. Sim, é tudo o que dizem. Muitos grupos de jovens, muita festa e música. Talvez haja um sítio ou outro mais calmo mas no geral é muito movimentada. Aqui optámos por nos deslocar de cidomo e bicicleta (providenciada gratuitamente pelo hotel). A ilha é bem maior que a Gili Meno.
O nossa estadia aqui começou de forma agitada. Fomos confirmar a partida do speedboat de volta a Bali no dia seguinte. Para nossa surpresa, o barco que reservámos online já não fazia essa viagem há 2 anos. Depois de visitar várias barraquinhas de empresas lá nos conseguiram por noutro barco mas com um porto de chegada diferente. Não foi problema porque até era mais perto do aeroporto e o shuttle da empresa leváva-nos até lá.
No dia seguinte de manhã a preocupação era chegar do hotel ao porto de embarque. Pedimos no dia anterior, na receção, para nos reservarem um cidomo, mas esqueceram-se. E segundo eles, já estava tudo ocupado. Aproveitaram-se de nós para arranjar um com urgência e cobrarem mais dinheiro que o normal.
Depois de tudo ultrapassado, chegámos ao aeroporto de Bali com 4 horas de antecedência ao nosso voo para Jacarta.
Depois sim, começou o stress. Estava perto da hora de saída do voo e ninguém embarcava. Estávamos na porta de embarque que dizia nos placares, mas nada acontecia. Dirigimo-nos ao balcão e disseram que o nosso voo saía de outra porta. Não havia indicação de nada, nem placares onde confirmar. Quando lá chegámos, disseram que o voo já tinha partido e ainda nem eram horas. Stress total. Não haviam voos de ligação para Jacarta a semana toda. Por um esquema manhoso tentaram vender-nos bilhetes mais caros garantindo que nos punham num avião. Pusemo-nos na lista de espera das desistências. Tentámos tudo. Até que usámos a palavra reclamação. Logo aí, arranjaram 2 lugares no próximo avião. Não foi suficientemente cedo para conseguirmos apanhar o voo internacional para casa mas foi suficiente para chegarmos 5 minutos antes do escritório da Turkish Airlines fechar e nos conseguir alterar os voos (uma vez que já tínhamos falado com eles por telefone para os cancelar).
Resumindo, tivemos de esperar um dia pelo próximo voo e nem sequer fomos para Portugal. Tivemos de sair em Madrid. Mais um problema, não tinham carros para nos alugar com matrícula portuguesa, porque íamos deixar o carro em Portugal. Depois de várias tentativas e muito tempo, lá apareceu um. Ainda não tinha acabado. Durante a viagem atravessámos um grande tempestade, haviam muitos carros parados na autoestrada e a viagem parecia não ter fim. Quando finalmente chegámos a casa foi um grande alívio, e o sentimento de férias não fugiu. Foram as melhores férias de sempre e prometemos voltar.
DICA: Estejam sempre atentos à porta de embarque no aeroporto. Elas mudam constantemente. Se não houver placares, perguntem.
Sugestão de alojamento: D'wahana Resort








Se tiverem curiosidade podem espreitar o nosso vídeo muito amador.
DESPESAS
Voos internacionais e 3 internos - 737€
Hotel Jacarta - 11€
Hotel Yogyakarta + comida + tour - 47€
Hotel Surabaya - 17€
Hotel Bali - 125€
Hotel Gili Meno - 134€
Hotel Gili Trawangan - 20€
Visto - 36€
Táxis - 8.5€
Tour Yogyakarta - 66€
Tour Vulcões - 202€
Entradas nos parques dos vulcões - 43€
Entradas - 19€
Motorista Bali - 58€
Speedboat Gili - 54€
Barco local travessia das Gili - 11€
Gastos com comida e transporte barco em Gili Meno - 83€
Comida - 119€
Souvenirs/ Extras - 75€
Total gasto por pessoa: 1865€