
AÇORES - Faial, São Jorge e Pico
De volta ao paraíso do verde e do azul, das crateras, dos lagos, das fajãs, dos bifes de vaca, da pimenta da terra, dos queijos e das boas gentes.
Dia 1 - Porto - Ponta Delgada
Dia 2 - Ponta Delgada - Horta - Monte Carneiro - Miradouro nossa senhora da conceição - Quinta São Lourenço (jardim botânico) - Praia de almoxarife - Miradouro do mirante - Poço das asas - Ribeirinha - Porto do Salão - Cedros
Dia 3 - Parque de recreio da Falca - Caldeira - Ribeira das Cabras - Praia da Fajã - Capelinhos - Porto do Comprido - Parque lazer do capelo - Piscinas do Varadouro
Dia 4 - Horta - Velas - Moinhos da Urzelina - Torre da Urzelina - Velas - Miradouro ribeira do almeida - Cooperativa agrícola - Ponta dos Rosais - Miradouro Pico da Velha - Floresta Sete Fontes
Dia 5 - Igreja de Santa Bárbara - Fajã das Almas - Fajã grande - Ribeira Seca (dulçores) - Miradouro Canada do pessegueiro - Fajã São João - Cascata do Cruzal - Piscinas, ilhéu e farol da Ponta do Topo - Fajã Ribeira da Areia - Fajã do ouvidor - Poça Simão Dias - Pico do Pedro
Dia 6 - Serra do Topo - Cascata pequena - Fajã Caldeira de Santo Cristo - Fajã do Belo - Fajã dos Cubres - Fajã dos Bodes - Fajã dos Vimes - Pico da Esperança - Madalena - Lajes do Pico
Dia 7 - São Caetano - Criação Velha - Madalena - Museu do Vinho - Piscina Areia Funda - Furna do Frei Matias - Casa dos Vulcões - Mistério Santa Luzia - Arcos Vulcânicos - São Roque do Pico - Piscina Furna de Santo António - Piscina cais do Pico - Piscina São Roque - Cella Bar
Dia 8 - Museu Baleeiros - Ponta da Queimada - Ponta do Arrife - Poça das Mujas - Moinho Mourricão - Farol Ponta da Ilha - Miradouro Terra Alta - Casa da Montanha - Lagoa do Capitão - Lagoa do Caiado - Lagoa Seca - Lagoa do Paúl - Lagoa da Rosada - Lagoa do Peixinho
Dia 9 - São João - Ponta do Admoiro - Miradouro Vinha das Casas - Lajido - Ponta Delgada
Dia 10 - Caldeira Velha - Lagoa do Fogo - Miradouro vista do Rei - Porto
DIAS 1 e 2 - Faial
Para os Açores é necessário fazer o teste da covid até 72h antes da viagem, ou à chegada e esperar em isolamento no alojamento escolhido, até a saída do resultado do teste, tudo pago pelo governo dos Açores. Há uma lista online dos locais onde se pode fazer o teste e que têm acordo com o governo do arquipélago.
No caso de ficarem sete dias ou mais pelas ilhas, terão de submeter-se a novo teste. O dia, hora e local da colheita serão posteriormente informados através de uma chamada telefónica ou mensagem, quando já se encontrarem na ilha.
Na chegada ao aeroporto de Ponta Delgada têm de mostrar o resultado negativo do teste e o formulário que está disponível online, preenchido. Têm também como opção enviar tudo previamente através do site dos açores.
Chegámos a Ponta Delgada já perto da meia-noite numa sexta-feira e na manhã seguinte partimos para a Horta, no Faial. As viagens foram compradas na Sata uma vez que era a que nos permitia ficar mais tempo no Açores. A Sata disponibiliza voos grátis entre ilhas num prazo de 24h desde o voo do continente para qualquer uma das ilhas ou no voo de regresso. Têm de ter apenas um voo de entrada e um de saída do arquipélago, independentemente da companhia aérea. Os voos podem ser marcados no site da companhia onde disponibilizam também toda a informação necessária acerca dos voos inter-ilhas. No nosso caso comprámos os voos já com escala diretamente no site da Sata; o preço era o mesmo que se comprássemos apenas um de entrada e outro de saída e pedíssemos depois o reencaminhamento.
Combinámos com o dono do alojamento onde íamos pernoitar, ir-nos buscar e levar ao aeroporto. Ficámos ali perto, na LC-House.
No dia seguinte e de manhã cedinho, apanhámos voo para a Horta.
A melhor maneira de conhecer as ilhas é de carro e tratámos de tudo diretamente com o alojamento que reservámos em cada ilha. No Faial reservámos pela Auto turística Faialense.
Usámos o waze e o google maps para nos orientarmos na ilha mas têm também a opção do heremaps. O heremaps tem a vantagem de se poder descarregar o mapa e depois usar a aplicação offline.
Fomos deixar as malas no quarto e deliciámo-nos com a vista para a Marina e o Pico e depois fomos até ao mercado, almoçar. As paragens seguintes foram no Monte Carneiro (com vista para o Pico e para a Horta), no Miradouro Nossa Senhora da Conceição, fomos até à Quinta São Lourenço mesmo ao lado do jardim botânico mas não chegámos a visitar, parámos na Praia de almoxarife, no Miradouro do Mirante, no Poço das asas (costuma ter uma cascata quando chove mais mas apenas vimos o poço) e parámos na Ribeirinha para ir até ao farol, onde se vê as marcas da destruição do sismo de 1998. Seguimos para as piscinas de Porto do Salão e passámos por Cedros, com passagem por alguns moinhos pelo caminho. O tempo não estava completamente descoberto e, por isso, assim que vimos uma aberta, fomos até à Caldeira tentar a nossa sorte.
DICAS:
- O carro nestas ilhas centrais normalmente é a gasolina mas, se puderem, tentem um a gasóleo e de uma gama intermédia. As estradas têm alguma inclinação e algumas não estão em bom estado.
- Nós optámos por reservar um carro diferente em cada ilha mas podem alugar apenas um e despachá-lo no barco quando trocam de ilha.
- Tentar visitar a caldeira assim que virem que está descoberta, o tempo é muito instável. Ela fica numa zona central da ilha e portanto é de fácil acesso a partir de qualquer lugar.
- Levem um impermeável, manga curta, manga comprida mas fresca e uma camisola mais quentinha no caso de ser um dia mais frio. No geral uma camisola fresca ou t-shirt e um casaco leve, servem nesta altura do ano.
- Fazendo o teste covid-19 antes de embarcar e submetendo-o online, dá direito a um voucher de 35 euros que podem gastarem estabelecimentos aderentes nos Açores.
DIA 3 - Faial
O dia seguinte seria passado por completo no Faial. Fizemos mais duas visitas à Caldeira. Hoje o tempo estava bastante melhor.
Primeira paragem foi no Parque de recreio da Falca. E que parque lindo com uma vista igualmente linda. Uma das coisas que mais nos chamou à atenção no Faial foi o cuidado com que são "construídos" os parques de lazer e a quantidade que existe. Seguimos até à Caldeira. A entrada é como se fosse o desembrulhar de uma prenda. Seguimos por um túnel e no fim somos presenteados com a magnífica paisagem. O que mais gostei foi a ausência de som, sentimo-nos mesmo sozinhos.
Do Miradouro da Ribeira das Cabras podemos avistar lá em baixo a Praia da Fajã, que também visitámos e depois fomos até ao vulcão dos Capelinhos. Lá podem visitar o centro de interpretação e subir ao farol. É realmente uma paisagem única. Fizemos mais uma paragem num parque de lazer, desta vez do Capelo. Muito bem organizado, com animais, zonas de picnic, churrasqueiras, casas de banho e parque para crianças. Qualquer ilha dos açores está repleta de piscinas naturais e as que visitámos hoje foram as do Porto Comprido e do Varadouro.
DICAS:
- Tentámos visitar os Charcos e tanques de Pedro Miguel mas o acesso não é muito fácil. Fica a dica para o caso de quererem visitar.
- Visitem também o museu de scrimshaw, a arte de escultura e gravura em dente e osso de baleia, que se localiza no Peter Cafe Sport.
Sugestão de alojamento: Casa da Baía - deixaram-nos o pequeno-almoço pronto para o dia seguinte uma vez que saíriamos bastante cedo, quarto limpo, vista linda para o Pico e localização excelente perto da marina e restaurantes na Horta.
Sugestão de restaurantes:
- Cantinho da praça (ótimo bife regional)
- Genuíno (sugerimos queijo com pimenta rosa e qualquer prato de peixe; o dono do restaurante vai contar-vos histórias sobre as suas voltas ao mundo a solo e as mesas estão decoradas com recordações dos países que ele visitou)
- Pasquinha (sopa da casa bastante grande, serve como refeição; façam reserva, é dos restaurantes mais concorridos da ilha)
- Peter Cafe Sport (bom gin)
Sugestão de iguarias típicas: massa sovada, queijo do morro.
DIA 4 - São Jorge
Hoje despedimo-nos do Faial e seguimos até São Jorge. Marcámos os bilhetes online pelo site da AtlanticoLine. Temos apenas de chegar com 15 minutos de antecedência para fazer o check-in de malas, se for o caso, e ir embarcando.
O nosso anfitrião Filipe foi-nos esperar ao porto marítimo, levou-nos até ao carro e, já nos bungalows, deu-nos um mapa e todas as informações necessárias para usufruirmos da ilha o melhor possível.
Já era quase hora de almoço e por isso apenas fizemos paragem nos moinhos e na torre da Urzelina, antes de ir comer as famosas lapas. Ao subir Velas, parámos no Miradouro Ribeira do Almeida e fomos à Cooperativa Agrícola fazer umas compras de produtos regionais. Não foi possível visitar a fábrica do queijo devido à covid. O destino final era a Ponta dos Rosais. O Farol foi evacuado diversas vezes por causa de abalos sísmicos e está vedado. Neste local podem ainda subir à vigia da baleia, onde tem um binóculo que era usado para avistar baleias quando a caça ainda era permitida. No caminho podem parar pelo Miradouro Pico da Velha, seguir até à Floresta Sete Fontes e talvez parar na zona de lazer para um picnic.
DICA:
- Fizemos escala no Pico e a viagem até lá é bastante curta. Poderíamos ter descido aqui, mas por uma questão logística dos voos e de aproveitar mais tempo nas ilhas, fomos primeiro a São Jorge.
- Opção de visitar a queijaria Canada, que pratica um método mais tradicional.
DIA 5 - São Jorge
Tendo-nos sido aconselhada como ponto de paragem obrigatório, começámos o dia na Igreja de Santa Bárbara, cuja entrada custa 1 euro. O interior é muito bonito.
São Jorge é a ilha das Fajãs (um terreno plano, com microclima, em geral cultivável, situado à beira-mar, formado de materiais desprendidos das arribas ou por deltas lávicos) e hoje foi dia de conhecer umas quantas. Começámos pela Fajã das Almas, seguida pelas piscinas da Fajã Grande. Uma breve paragem na panificadora Dulçores da Ribeira Seca para a compra de espécies (doce típico), seguida de uma paragem no Miradouro Canada do pessegueiro. A viagem até aqui é feita de paisagens lindíssimas que nos roubou algum tempo com pequenas paragens. A Fajã de São João não nos tirou muito tempo e seguimos para a Cascata do Cruzal, localizada na localidade com o mesmo nome, onde há várias indicações do caminho. Antes do almoço seguimos até à outra ponta da ilha, o Topo. Há um farol, piscinas, um ilhéu e a vista para a Terceira. Segundo o que nos contaram, as vacas iam atadas a barcos e nadavam 400m desde o ilhéu até à ilha. As últimas duas fajãs do dia foram a Fajã Ribeira da Areia e a Fajã do Ouvidor . Desta última podemos chegar a pé à Poça Simão Dias, cuja envolvência é muito bonita (para mergulhar, o acesso é feito de barco). As águas são cristalinas e propiciam a prática de snorkeling. Acabámos o dia pela zona do Pico do Pedro mas estavam bastantes nuvens a esta altitude e resolvemos voltar no dia seguinte.
DICAS:
- O marisco é sazonal, pode não haver certas coisas na época em que vão.
- Podem visitar de barco o ilhéu do topo.
- O pôr do sol é por trás da ilha do Faial. A ponta dos rosais, as fajãs da parte sul da ilha ou o pico da esperança são ótimos locais para se estar a esta hora do dia.
DIA 6 - São Jorge
Estava planeado fazer o trilho da Fajã dos Cubres até à Fajã da Caldeira de Santo Cristo. É um trilho menos puxado do que começar logo na Serra do Topo até á Fajã dos Cubres. No entanto, convenceram-nos a começar no Topo por ser a parte mais bonita do trilho. O Filipe foi connosco até aos Cubres, onde deixámos o nosso carro, e depois levou-nos ao ponto de partida. É um trilho de cerca de 10km, sempre a descer e, portanto, exigente para os joelhos. A paisagem é linda e o caminho está assinalado. No entanto, convém tirarem foto ao percurso do trilho. Há várias zonas com uma espécie de porta para conter as vacas, mas podem abrir e voltar a fechar. A meio do percurso há um pequeno desvio para uma cascata, a Cascata Pequena. Passados 5km chegamos à Fajã Caldeira de Santo Cristo. Esta fajã é apenas acessível a pé ou de moto4. Há quem fique lá a dormir e continue o percurso no dia seguinte. Aqui crescem umas amêijoas únicas deste local. Podem prová-las no café "o Borges". Passamos depois pela Fajã do Belo e finalmente a Fajã dos Cubres.
Depois de almoço seguimos às fajãs que faltavam na nossa lista: Fajã dos Bodes e Fajã dos Vimes. Na Fajã dos Vimes tivemos uma das melhores vistas de São Jorge, mesmo juntinho ao mar com visão para as ilhas vizinhas. Mesmo aí situa-se o Café "Nunes" onde provámos o melhor e mais doce café que alguma vez bebemos. Visitámos a plantação de café, em São Jorge, única na Europa. O café deu-se nesta ilha em apenas três fajãs, o que por si só já é um acontecimento raro. Daí visitámos o local onde fazem tecelagem em ponto alto. Ficámos a saber que o café era feito inicialmente para consumo próprio da família e que era oferecido aos visitantes do artesanato mas tomou tamanha fama, que tiveram de expandir. Para acabar a nossa visita em São Jorge, tentámos mais uma vez subir o Pico da Esperança. Desta vez estava um tempo maravilhoso e pudemos usufruir da vista fantástica lá de cima.
No final do dia apanhámos o barco para a terceira ilha do triângulo, o Pico. Levantámos o carro na Whale rent a car, jantámos na Madalena e depois seguimos até às lajes, onde nos esperava a nossa cama.
DICAS:
- Uma vez que vão para a parte norte da ilha, façam o trilho da parte da manhã para poderem chegar às Fajãs quando o sol está mais alto e estar uma luz bonita.
- Deixem o carro na estrada onde tem a placa a identificar o pico da esperança e depois subam sempre até estarem no ponto oposto da montanha por onde subiram; têm de a contornar. Há partes do caminho que não estão bem marcadas.
- Nunca façam caminhadas em São Jorge em dias pós-chuva ou que esteja tempo molhado, é um perigo muito grande.
Sugestão de alojamento: Intact Farm Bungalows - com uma vista fenomenal e o anfitreão é dono de uma extrema simpatia. Os bungalows têm cozinha.
Sugestão de restaurantes:
- Açor (boas lapas)
- Sabores Sopranos (sugerimos qualquer prato de carne com as migas e legumes fritos)
- Fornos de lava (não achámos nada de especial e é um pouco caro)
- Ponto de encontro (self-service, que foi a única coisa que encontramos aberta perto de onde estávamos, àquela hora tardia)
Sugestão de iguarias típicas: lapas (em todas as ilhas), espécies (dá para comprar na panificadora dulçores), queijo do topo e de São Jorge, atum em conserva de vários sabores (compras na cooperativa agrícola), amêijoas da caldeira de santo cristo e angelica (um vinho licoroso de produção local).
DIA 7 - Pico
De manhã cedinho conduzimos até São Caetano, onde dizem ter-se uma boa vista do declive do Pico, o que é verdade, e depois fomos até à Criação Velha. Pelo caminho vão ver muitas placas a dizer "património da humanidade". Isto porque as vinhas do Pico estão implantadas nos chamados currais, em vastos campos de lava e são de uma beleza única. Na Criação Velha podem subir ao Moinho do Frade e seguir depois até à Madalena conhecer um pouco a cidade. Aqui situa-se o Museu do Vinho, cuja entrada tem um valor de 2 euros. O Museu está bem estruturado e tem uma zona exterior muito bonita. Ainda na Madalena existe a zona balnear da Areia Funda, com vista para o Faial.
Um sítio com uma beleza fascinante mas que não está bem sinalizado: Furna do Frei Matias. Desde a Madalena e ao subir a estrada longitudinal para o centro da ilha, há um pequeno caminho sinalizado no google maps e com uma placa que mal se vê, a dizer "hornitos". É aqui que têm de parar. Depois seguem pelos campos até encontrarem um dos buracos que nos levam a túneis no interior da terra, com estalactites e estalagmites e com plantas e ares tropicais. Fizemos depois paragem no Lajido, mais concretamente na Casa dos Vulcões (entrada de 7 euros). Recomendamos visitar pois podem perceber mais sobre a formação das ilhas e de vulcanologia, podem fazer uma viagem até ao centro da terra através de um vídeo 360º e também experienciar os sismos mais fortes sentidos nos Açores, através de um simulador. Logo ali situa-se o Mistério de Santa Luzia com as suas belas escoadas lávicas e os Arcos Vulcânicos que a lava formou ao chegar ao mar. Um pouco mais à frente está São Roque do Pico, que é onde se podem banhar nas Piscinas Furna de Santo António, do cais do Pico e de São Roque. Não queríamos perder a oportunidade de conhecer o famoso Cella Bar, onde experienciámos um dos mais bonitos pôr do sol.
DICAS:
- Podem alugar bicicletas e relaxar num passeio pela Criação Velha.
- Cuidado ao caminhar nos campos ao redor da Furna. O local tem pequenos buracos escondidos entre a erva e podem por o pé onde não devem.
- Além da Furna do Frei Matias, podem ir à Gruta das Torres. Aqui podem visitar um túnel lávico com cerca de 5000m, mas com um guia.
- Os mocktails do Cella Bar são qualquer coisa!
- Se pretenderem subir à montanha do Pico, têm de pedir "permissão" e fazer a vossa inscrição neste site. Aqui podem encontrar todas as informações relevantes sobre a subida.
DIA 8 - Pico
Tendo logo ali ao lado o Museu Baleeiros (2 euros), decidimos que seria essa a nossa primeira paragem do dia. É bastante interessante perceber como era a indústria baleeira, uma das maiores atividades das ilhas há uns tempos atrás. Seguimos depois até à zona da Ponta da Queimada e da Ponta do Arrife. Fizemos uma breve paragem na Poça das Mujas. Pena não ser o tempo ideal para mergulhos. Na Calheta do Nesquim fica mais um dos famosos e alegres moinhos: o Moinho Mourricão. Passámos pelo Farol da Ponta da Ilha e contemplámos a vista no Miradouro Terra Alta.
Na esperança de levarmos connosco mais uma linda imagem da ilha, seguimos até à Casa da Montanha, mas apesar de o tempo estar ensolarado nas zonas mais baixas, havia uma nuvem a pairar ao redor do vulcão.
Para finalizar o dia, fizemos a estrada das lagoas: Lagoa do Capitão, Lagoa do Caiado, Lagoa Seca, Lagoa do Paúl, Lagoa da Rosada e Lagoa do Peixinho. As lagoas que me roubaram o coração foram a Seca e a da Rosada. No entanto, toda a paisagem envolvente desde local é fascinante. Vê-se mesmo que alguma coisa devastou o local. A paisagem é escura, com árvores sombrias e com folhagem inexistente em alguma delas.
DICAS:
- Apesar de não ser o tempo ideal para mergulhos, ainda vimos algumas pessoas a refrescarem-se nas piscinas naturais porque estiveram dias de bastante calor. Podem ir prevenidos.
- Na lagoa do capitão poderão ver o reflexo do pico mais ao final da tarde.
- As Lajes do Pico também são um ótimo local para o pôr do sol.
DIA 9 - Pico
Já tínhamos visto praticamente tudo o que queríamos na Ilha e por isso voltámos a locais que gostámos, acrescentando uns outros à lista. Passámos na zona do mistério de São João. Visitámos as belas piscinas da Ponta do Admoiro, contemplámos a vista para as vinhas no Miradouro Vinha das Casas e fomos mais uma vez à zona do Mistério de Santa luzia, às escoadas lávicas, aquela paisagem tão escura e típica do Pico.
Almoçámos otimamente no restaurante "O Petisca" na Madalena antes de rumar ao aeroporto para devolver o carro e esperar pelo avião para Ponta Delgada.
O nosso restaurante de eleição em Ponta Delgada estava fechado devido à covid-19, mas fomos buscar o maravilhoso bife regional e um pudim de feijão em regime take-away.
DICAS:
- No Mistério de São João tem uma zona de lazer.
- Podem provar as cracas e as cavacas, marisco típico da zona.
Sugestão de alojamento: Casa dos Caldeiras - extremamente bem decorada e com material de qualidade, temos o usufruto total da casa com sala de estar e cozinha muito bem equipada, localizada nas Lajes do Pico.
Sugestão de restaurantes:
- Taberna do Canto (bons bifes e lulas)
- Cella Bar (mojitos sem álcool)
- Ancoradouro (caldo de peixe dá perfeitamente para três pessoas e não deixem de comer o pudim de mel, 5 estrelas)
- Magma (bom mas sem se destacar)
- Casa Âncora (ótimo risoto de peixe e pudim de maracujá)
- O Petisca (ótimo local para provar marisco típico, têm um buffet diário bastante em conta com especialidades regionais)
Sugestão de iguarias típicas: queijo do pico, vinho do pico, linguiça com inhame, polvo guisado em vinho, caldo de peixe.
DIA 10 - São Miguel
Uma vez que houve um adiamento da hora do nosso voo de regresso ao continente, resolvemos aproveitar o dia de sol em São Miguel. Quando lá estivemos em Novembro passado, não conseguimos banhar-nos na Caldeira Velha. Pois foi isso mesmo que decidimos fazer no Domingo de manhã. (8 euros a entrada).
O meu local favorito nos açores é a Lagoa do Fogo e não podia deixar escapar uma nova visita. É uma lagoa imponente, com rasgos magníficos nas montanhas e uma cor de água maravilhosa.
Ainda que a correr um pouco antes do voo, fomos até ao Miradouro vista do Rei, nas Sete Cidades. Bem, na primeira visita tivemos o miradouro só para nós; desta vez, até estacionar estava difícil. Nota-se o crescente turismo nos Açores.
Mais ao final da tarde era hora de voltar ao Porto.
DICAS:
- Há limite de pessoas para entrada nas piscinas da Caldeira Velha. Podem ter de esperar até que alguém saia. No máximo podem permanecer duas horas no parque e existem vestiários.
A ilha que me ficou no coração foi São Jorge mas definitivamente a ilha verde verde e mais completa, é São Miguel. Mas... ainda faltam cinco.
DESPESAS
Voos - 84€
Alojamento 7 noites - 105€ (não pagámos duas noites porque usámos um voucher)
Comida - 260€ (média de 16 euros por refeição)
Entradas e transporte para o trilho - 24€
Aluguer de carro a gasolina/gasóleo - 118.54€ (despesa já dividida por duas pessoas)
Combustível - 47 (despesa já dividida por duas pessoas)
Total gasto por pessoa: 638,54€